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sábado, 31 de março de 2012

Mosteriro de São Bento


  No alto da colina, com a visão panorâmica da Baía da Guanabara facilitando qualquer necessidade de defesa; clima mais ameno e distância dos pantanais: essas eram condições ideais para a instalação do Mosteiro de São Bento, pela Ordem dos Beneditinos, em 1589. Recém-chegados ao Brasil, os monges logo se abrigaram no local, onde já havia a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, erguida em 1565.

   Francisco Frias de Mesquita, engenheiro-mor do Brasil e autor de inúmeros fortes ao longo da costa brasileira, foi encarregado de fazer o novo projeto da igreja, cujas obras iniciaram em 1652 e só terminaram 90 anos depois, em 1742.

   Sua fachada simples e retilínea não deixa prever a riqueza de seu interior, todo em talha dourada. O estilo barroco se faz presente na ornamentação e utilização dos espaços; nas naves, com seus grandes santos; nos capitéis e púlpitos; nos efeitos de claro e escuro e na dramaticidade dos tons avermelhados nas superfícies de fundo.

  O Mosteiro encerra importantes lembranças da história brasileira: foi ameaçado pelo bombardeio do corsário francês Duguay-Trouin, na invasão de 1711, que lá instalou os chefes de sua esquadra e, em 1808, hospedou a corte, com a chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro.

  Reformada diversas vezes ao longo dos séculos, a igreja preserva suas características originais e é um dos mais bem conservados monumentos históricos do Brasil.

Machado de Assis


    Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, a 21 de junho 1839, filho de um pintor mulato, Francisco de Assis, e uma lavadeira portuguesa, Maria Leopoldina Machado de Assis.

    Nos primeiros anos, com certeza, o menino freqüentou a Chácara do Livramento, sob a proteção da madrinha, senhora muito rica, dona da propriedade.
Aos seis anos, presenciou a morte da única irmã. Quatro anos depois, morreu-lhe a mãe. Seu pai casou-se, novamente, em 1854, com Maria Inês.
 

    Órfão de ambos muito cedo, foi criado pela madrasta. Já na infância apareceram sintomas de sua frágil compleição nervosa, a epilepsia e a gaguez, que o acometiam a espaços durante toda a vida e lhe deram um efeito de ser reservado e tímido. Aprendeu as primeiras letras numa escola pública.
 

   Aos quatorze anos, encontramos Machado ajudando a madrasta a vender doces para o sustento da casa. Sabemos que numa sociedade marcada por divisões sociais muito rígidas – como já era o Brasil na época de Machado – o indivíduo já nasce com seu destino social mais ou menos determinado pela origem, pela raça, e até pela possibilidade ou não de freqüentar escolas. Machado, como menino de subúrbio, pobre e mulato, tinha todas as chances do mundo de não vencer, mas com ele foi diferente.

terça-feira, 20 de março de 2012

Igreja Nossa Senhora do Monte do Carmo

                                                                           


    A Igreja do Carmo foi construída em 1761, foi a primeira catedral da cidade. Em 1808 e 1889 elevou-se a Capela Real e, depois, Imperial. Por isso, lá foram realizados a missa de coroação de Dom Pedro I, o batizado e o casamento da princesa Isabel.
   O templo guarda uma urna com guarda corpo com parte da cinzas de Pedro Álvares Cabral, colocada ali em 1903. A grande atração da igreja é a talha dourada em rococó, feita na segunda metade do século XVIII, pelo mestre Inácio Ferreira Pinto, o mesmo autor da capela-mor da Igreja de São Bento. Dos sete Altares o que chama mais atenção é o altar-mor, com detalhes em prata lavrada. Na sacristia, há um lavatório de mármore trabalhado, com motivos florais em mosaico colorido. O teto, decorado com painéis, é considerado um dos mais imponentes e monumentais da cidade. A Igreja foi catedral metropolitana até 1977, quando foi inaugurada a nova sé, na Avenida Chile.

domingo, 18 de março de 2012

Arco do Teles

                                                                    

    
    O Arco do Teles, localizado na Praça Quinze de Novembro, é datado do século XVIII. A antiga residência setecentista foi construída pela família Teles de Menezes e hoje é um marco na história carioca. O Arco pitoresco dá acesso à Travessa do Comércio que vai até a Rua da Lapa dos Mercadores, um interessante conjunto de casas do Rio antigo.
      O conjunto monumental iniciado pelo arco, proporciona a entrada para um passeio pelo século XVIII. O Arco é obra do Brigadeiro João Fernandes Pinto Alpoim. Em um dos sobrados residia o Juiz de Órfãos, Francisco Teles de Menezes, onde, posteriormente, esteve instalada a Câmara, em 1750.
      Somente este Arco resistiu ao grande incêndio  que   atingiu o conjunto arquitetônico em julho de 1790. No fogo, perderam-se importantes documentos do Senado da Câmara.A reconstrução foi imediata e auxiliada por autoridades locais. Hoje é um dos monument  os mais expressivos da influência portuguesa no Rio de Janeiro. Atualmente, vive um de seus melhores momentos. Grande parte de seus freqüentadores diários fazem parte do nova safra de executivos, advogados, administradores entre outros que diariamente fazem do Arco do Teles um dos melhores pontos de "Happy Hour" da cidade.